sábado, 29 de janeiro de 2011

Pétro-Notícias


Pesquisa aponta Petrobras como a 3ª maior empresa de energia do mundo
          A Petrobras avançou mais uma posição e passou do quarto para o terceiro lugar no ranking PFC Energy 50, divulgado ontem, que lista as maiores empresas de energia do mundo em valor de mercado. A Petrobras completou dezembro de 2010 com US$ 228,9 bilhões, à frente de Shell e Chevron, quarta e quinta colocadas.
          Com atuação junto a empresas e governos em todo o mundo há mais de vinte anos, a consultoria PFC Energy destacou a constante ascensão da estatal brasileira, que passou de 27º lugar, na primeira edição do ranking em 1999, para a terceira colocação em pouco mais de uma década. Segundo a consultoria, o valor de mercado da companhia, que era de US$ 13,5 bilhões naquele ano, cresceu a uma taxa composta de 27% ao ano. Ainda de acordo com a PFC Energy, o recuo no preço das ações da Petrobras em 2010 foi compensado pela capitalização de US$ 67 bilhões.




Paraná tem fornecimento de gás ampliado
          A Companhia Paranaense de Gás (Compagas) anunciou, na última semana, que a Petrobras confirmou o contrato para fornecer mais de 1,14 milhão de m³ por dia de gás natural para a ampliação do mercado de atuação da empresa. Segundo o gerente do segmento industrial, GNV e Grandes Clientes da Compagas, Justino João de Pinho, esse contrato vai permitir dobrar a oferta de gás natural no Paraná.
          O contrato atual da Compagas com a Petrobras permite o fornecimento de até 1,05 milhão de m³/dia à distribuidora paranaense. A média de consumo dos cerca de 9,2 mil clientes da Compagas em 2010 foi de 960 mil m³/dia de gás natural. Em entrevista ao Nicomex Notícias, Justino destaca que esse novo contrato será um salto importante para o Paraná. “Além desse contrato permitir que seja dobrado a oferta de gás natural no Paraná, duas grandes empresas do segmento de fertilizantes passarão a consumir gás natural” – afirma o executivo.
          Leia essa matéria na íntegra na coluna de Gás Natural da nossa revista eletrônica. 




Opep pode produzir mais petróleo para atender a demanda maior
          O ministro saudita do Petróleo, Ali al-Nuaimi, informou que a Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) pode aumentar a produção de petróleo para atender ao aumento da demanda mundial -que crescerá 2% em 2011, segundo projeções divulgadas pelo ministro. "Está claro que o mundo saiu da crise financeira de 2008/2009 e, de acordo com as previsões econômicas, deve registrar um crescimento ao redor de 4%", disse.
          O anúncio de aumento da oferta mexeu com o mercado ontem. O barril Brent, negociado em Londres, fechou a US$ 96,61, recuo de 1,01%. Já em Nova York, o óleo teve a menor cotação em cinco semanas, fechando a US$ 87,87. Na semana retrasada, a Opep anunciou que o preço do petróleo, que estava próximo a US$ 100, estava entrando em "uma zona perigosa para a economia global".




PETROBRAS FAZ DESEMBOLSO DO BNDES BATER RECORDE, CHEGANDO A R$ 168 bi
          O forte crescimento da economia em 2010, junto com o esforço de capitalização da Petrobras – operação que, sozinha, abocanhou R$ 24,7 bilhões do BNDES – levaram o banco de fomento a desembolsar R$ 168,4 bilhões no ano passado, valor 22,6% superior ao registrado em 2009, quando foram liberados financiamentos que somaram R$ 137,4 bilhões. Além disso, o BNDES terminou o ano passado com empréstimos aprovados, mas ainda não liberados, que somam R$ 200,7 bilhões e outros R$ 231,1 bilhões em empréstimos considerados em consulta ou enquadramentos, ou seja, que estão em fase final de análise, valores também nunca antes alcançados pela instituição.
          Os fortes números do banco chama mais atenção quando comparados com as previsões feitas por seu presidente, Luciano Coutinho. Ao divulgar o desembolso do BNDES de 2009, ele previu que haveria uma queda de cerca de 8% nos financiamentos do banco em 2010, que somariam R$ 126 bilhões. No total, o banco liberou R$ 41,2 bilhões a mais que a estimativa inicial, ou seja, uma diferença de 33,6%. Para conseguir dar conta desse desembolso recorde, o banco foi fortemente apoiado pelo governo federal e recebeu aportes de R$ 180 bilhões, desde 2009 – operações que foram muito discutidas durante a campanha presidencial de 2010.



Cade pode barrar acordo entre Shell e Cosan
          A Shell e a Cosan terão de entrar num acordo com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) nos próximos dias ou o negócio entre as companhias poderá sofrer restrições em votação na sessão plenária daqui a um mês. No começo de 2009, a Cosan vendeu à Shell ativos de produção de combustível de aviação por R$ 150 milhões. O Cade está preocupado com a formação de monopólio ou duopólio em combustíveis de aviação em um momento de expansão do setor aéreo no País.
          As empresas ficaram de enviar a proposta de acordo ao órgão antitruste até o dia 7 de fevereiro. Se a sugestão for acatada pelo Cade, a assinatura do compromisso entre as partes poderá ocorrer já no dia 9, quando está marcada a próxima sessão. Caso contrário, as empresas terão de esperar o veredicto de cada um dos conselheiros no dia 23 do mês que vem. Assim, a saída das companhias é fechar um acordo ou esperar a decisão no voto - o que pode não ser tão favorável para seus planos. O Cade pode impor restrições, como, manter as marcas separadas ou, numa atitude radical, vetar o negócio.



Com as chuvas, preço da energia recua 60%
          O aumento do nível de água armazenada nos reservatórios das usinas hidrelétricas, devido às chuvas que têm caído nas últimas semanas, tem provocado uma forte redução nos preços da energia vendida no mercado livre. Segundo dados da comercializadora Enecel Energia, os preços médios em janeiro estão em R$ 30 o megawatt/hora (MWh), o que representa uma diminuição de 60% em relação aos R$ 75 cobrados em dezembro. As indústrias eletrointensivas são as mais beneficiadas com essa queda de preços. De acordo com dados da Câmara Brasileira de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), os preços variam entre R$ 22,64 e R$ 21,56 o MWh, nas regiões Sudeste/Centro-Oeste.
          Raimundo de Paula Batista, sócio-diretor da Enecel Energia, explicou que o impacto positivo da redução dos preços pode ser observado nos contratos de compra de curto prazo, ou seja, de menos de um ano. Já nos contratos de longo prazo, que variam de dois até cinco anos, o impacto da atual queda de preços é menor. Apesar disso, a redução de agora sinaliza, a médio e longo prazos, uma tendência de queda dos preços da energia de origem hidrelétrica vendida também nos leilões do governo.


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