sexta-feira, 1 de julho de 2011

Pacto pelo petróleo
O Globo, Economia - Geraldo Doca

Depois de mais de quatro horas de reunião, os governadores do Nordeste e do Norte se comprometeram ontem a apoiar o respeito aos contratos já assinados e a manter uma compensação maior aos estados produtores de petróleo na divisão da arrecadação dos royalties do petróleo. Esse entendimento, se ganhar aval do Palácio do Planalto e for aprovado no Congresso, permitirá ao Rio preservar uma arrecadação de R$ 9,6 bilhões (valor obtido no ano passado com as receitas das áreas já licitadas) e uma fatia maior das riquezas a serem geradas pela exploração da camada do pré-sal, estimadas em dezenas de bilhões de reais por ano.
O acordo foi fechado num encontro entre os governadores Sérgio Cabral (RJ) e Renato Casagrande (ES) e o secretário de Fazenda de São Paulo, Andrea Calabi - representantes dos três maiores estados produtores de petróleo - e os governadores Eduardo Campos (PE) e Marcelo Deda (SE) - representantes dos estados do Nordeste e do Norte, que vêm pedindo maior participação nas receitas. Pelo entendimento firmado nesta quinta-feira, não haveria mudança nas regras atuais de divisão dos royalties e participação especial - cerca de 80% da arrecadação ficam com o Rio dos campos já licitados. No caso das riquezas futuras com o pré-sal, sob o regime de partilha de produção, a discussão sobre uma distribuição mais igualitária entre os estados terá como ponto de partida o projeto enviado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Congresso, após vetar o projeto aprovado pelos parlamentares.

Transpetro lança ao mar o quarto navio do Promef
NN - Redação

A Transpetro lançou ao mar ontem, no Estaleiro Mauá, em Niterói, o quarto navio do Programa de Modernização e Expansão da Frota da Transpetro (Promef). O navio de produtos foi batizado de Rômulo Almeida, em homenagem ao político, economista e professor baiano que participou, nos anos 1950, da criação da Petrobras. Na cerimônia, foi realizado também o batimento de quilha do quarto navio de produtos contratado junto ao Mauá. Com 183 metros de comprimento – o equivalente a um prédio de 60 andares – e 48,3 mil toneladas de porte bruto, o navio Rômulo Almeida será usado para o transporte de derivados claros de petróleo, como gasolina e diesel.
A embarcação terá um índice de nacionalização de 72%, acima do patamar mínimo estabelecido para o Promef, que é de 65%. Até o fim de 2011, dois outros navios do programa serão lançados ao mar e três serão entregues à Transpetro para o início de operação. Até 2015, estarão concluídos os 49 navios do Programa de Modernização da Frota. Com isso, a frota da empresa, hoje com 53 navios, superará o número de 110 embarcações. O Promef mobiliza hoje seis estaleiros, quatro deles já em operação: Estaleiro Atlântico Sul (EAS), em Pernambuco, e Mauá, Estaleiro Ilha SA (Eisa), e Superpesa, todos no Rio. Os estaleiros Promar, em Pernambuco, e Rio Tietê, em São Paulo, iniciam em breve as obras de implementação. Este último construirá os comboios para transporte de etanol pela Hidrovia Tietê-Paraná.

Conselho pediu corte de 10% em plano da Petrobras
Valor, EU&S.A. - Rafael Rosas

O conselho de administração da Petrobras pediu na última reunião com a diretoria que sejam apresentadas alternativas para o corte no plano de negócios 2011/2015, que está sendo desenvolvido pela estatal. Desde maio, a diretoria da Petrobras apresentou por duas vezes a proposta de um novo plano, mas não obteve o sinal verde. O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, que não faz parte do conselho, explicou que na primeira reunião, em maio, o conselho pediu uma redução de 10% nos valores apresentados - os quais ele não especificou.
De acordo com o ministro, isso significaria uma redução de "US$ 20 e poucos bilhões". Na segunda reunião, em junho, a proposta da diretoria girava em torno do valor pedido no encontro anterior. Porém, os conselheiros não concordaram com os projetos nos quais seriam feitos os cortes. O ministro acrescentou ainda que a área de biocombustíveis também não deverá sofrer reduções. O atual plano de investimentos da estatal, que cobre o período de 2010 a 2014, prevê investimentos de US$ 224 bilhões no período.

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