segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Petrobras lucra R$ 35,1 bi‏

Nicomex NotíciasPetrobras lucra R$ 35,1 bi e bate recorde
Estadão, Economia
A Petrobras encerrou o ano de 2010 com lucro de R$ 35,189 bilhões, o maior resultado da história entre as companhias abertas brasileiras, de acordo com ranking elaborado pela consultoria Economática. Ao anunciar o resultado, o diretor financeiro da companhia, Almir Barbassa, atribuiu o recorde à elevação da cotação do petróleo ao longo do ano e ao aumento na venda de derivados pela empresa. As vendas internas, que representam entre 80% e 85% do faturamento da companhia, saltaram 11% em 2010, resultado direto da demanda aquecida. Barbassa destacou também a produção no exterior, de 245 mil barris por dia, que segue a oscilação da cotação internacional do petróleo.
O lucro da Petrobrás superou em 17% o resultado de 2009 e também o recorde de 2008 quando, beneficiada pelo cenário de aquecimento antes da crise internacional, a estatal teve ganho de R$ 32,988 bilhões. Na história das empresas com ações em bolsa, cabe à Petrobrás os dois primeiros lugares do ranking entre os lucros mais vultosos. O terceiro lugar é da Vale, com os R$ 30,070 em 2010, divulgados na noite de quinta-feira. Barbassa anunciou que este ano a Petrobrás vai investir R$ 93,67 bilhões e afirmou que a companhia tem caixa para isso, embora pretenda continuar captando recursos no mercado para manter saneadas suas contas. Para este ano, a meta de produção da empresa é de 2,1 milhões de barris por dia, o que representaria alta de 2,5% em relação aos 2,004 milhões diários de 2010.

Preços do petróleo fecham a semana com o maior avanço em dois anos
O Globo, Economia

Os preços do petróleo fecharam ontem com sua maior alta para uma semana em dois anos — até 14% — em meio ao temor de que as revoltas, que já afetaram as exportações da Líbia, atinjam outros países do Oriente Médio. O avanço das cotações só não foi maior porque a Agência Internacional de Energia (AIE) confirmou ontem que a Arábia Saudita aumentou sua produção para compensar a perda dos barris da Líbia.
O barril do tipo Brent para entrega em abril avançou 0,7%, para US$ 112,14, em Londres. É a maior cotação desde 29 de agosto de 2008. Na semana, a alta acumulada foi de 9,4%. Em Nova York, o barril do tipo leve americano fechou em alta de 0,6%, a US$ 97,88. Na semana, o ganho foi de 14% — o maior desde fevereiro de 2009.

Sauditas elevam produção de petróleo
Brasil Econômico, Última Hora

A Arábia Saudita providenciou um aumento de certa de 600 mil barris diários de petróleo em relação a produção anterior à crise na Líbia e o país alcançou a marca de nove milhões de barris diários. Segundo autoridades do setor petrolífero saudita, o incremento deve compensar a oferta perdida com as revoltas no país de Muamar Kadafi. "Refinarias europeias ainda não pediram petróleo, mas a Arábia Saudita está disposta e comprometida em compensar qualquer queda na produção da Líbia", disse uma das autoridades à agencia de notícias Dow Jones.
A medida repecurtiu no Irã. O ministro do petróleo iraniano recomendou que os sauditas não tomem a "decisão precipitada" de aumentar a produção, informou a agência de notícias do governo Irna. " A Opep não decidiu organizar um encontro de emergência para discutir o assunto, informou Massoud Mirkazemi, referindo-se à Organização dos Países Exportadores de Petróleo. Os preços do petróleo tipo Brent saltaram para USD 120 o barril devido às revoltas e à interrupção na distribuição da Líbia.
 


  Petróleo é novo desafio à reação da economia americana
O Globo, Economia - Fernanda Godoy
O aumento do preço do petróleo e a incerteza provocada pelas revoltas no Oriente Médio são os novos desafios para a retomada do crescimento da economia dos Estados Unidos. Analistas financeiros dizem que já é possível notar uma reação no mercado consumidor à alta da gasolina e começam a refazer prognósticos para o país.
Segundo John Lonski, economista-chefe para mercados da Moody's Analytics, se o preço do petróleo do barril tipo BrentBrent ficar no patamar de US$ 120, elevando o custo da gasolina para o consumidor americano a US$ 4, o galão (3,8 litros), será um peso suficiente para impedir que a economia dos Estados Unidos dê continuidade à sua retomada, afetando a geração de empregos. Para a economia americana, que vinha iniciando uma reação quando foi atingida, no ano passado, pela crise da dívida europeia, a alta do petróleo criou um cenário de pesadelo. Não só pelos efeitos imediatos sobre os preços, mas por provocar uma incerteza que inibe gastos e investimentos.

Brasil vai investir R$ 3,3 tri até 2014
Estadão, Economia - Alexandre Rodrigues

O binômio petróleo e energia elétrica vai puxar o crescimento do País com investimentos que somam mais de meio trilhão de reais nos próximos quatro anos. A conta foi feita pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), ao atualizar seu mapeamento de investimentos que aponta uma inversão total de R$ 3,3 trilhões na economia entre 2011 e 2014. A cifra foi projetada a partir de informações sobre projetos em perspectiva na indústria, construção civil e infraestrutura em 15 setores, que representam metade do investimento total na economia. Essa soma alcançou R$ 1,6 trilhão, 62% a mais do que o investido entre 2006 e 2009. O dado também representa o dobro do que o banco havia detectado em levantamento anterior para indústria e infraestrutura para o período 2010-2013.
A cadeia de petróleo e gás chamou a atenção ao saltar dos R$ 295 bilhões do levantamento anterior para R$ 378 bilhões no quadriênio iniciado este ano. Na comparação com os R$ 205 bilhões que investiu entre 2006 e 2009, a exploração de petróleo e gás puxará o crescimento industrial com um aumento de 84% nas inversões até 2014. O levantamento do BNDES abrange os planos da Petrobrás e do setor privado, considerando apenas uma fração de R$ 45 bilhões das inversões esperadas para o pré-sal.
 



quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011


Petrobras anuncia mais uma descoberta no pré-sal da Bacia de Santos
          A Petrobras comunicou ontem, através de nota, a descoberta de nova acumulação de petróleo de boa qualidade (26º API) nos reservatórios do pré-sal da Bacia de Santos, com a perfuração do poço 4-BRSA-818 (4-RJS-668). Informalmente denominado Macunaíma, o poço está localizado em águas onde a profundidade é de 2134 metros, na área de avaliação do poço pioneiro 1-RJS -617D (Parati) e a 244 km da costa do Estado do Rio de Janeiro.
          A descoberta foi comprovada por meio de amostragem de petróleo em teste nos reservatórios localizados em profundidade de cerca de 5.680 metros. A Petrobras é a operadora do consórcio para exploração do bloco BM-S-10 (65%), formado ainda pelas empresas BG Group (25%) e Partex Brasil (10%). O consórcio dará continuidade às atividades e investimentos necessários para a avaliação das jazidas descobertas nessa área, conforme Plano de Avaliação aprovado pela Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP), cuja conclusão está prevista para abril de 2012. 
          Leia na coluna de Pré-sal:  Exxon enfrenta dificuldades no pré-sal.

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011


Ministério do Trabalho interdita Cherne II
          O Ministério do Trabalho interditou ontem a plataforma Cherne II, da Petrobras alegando más condições no local. Inspeção realizada por fiscais determinou precariedade no sistema de combate a incêndio, ausência de iluminação de emergência, insuficiência do ar condicionado, falta de inspeções nos separadores atingidos pelo incêndio do dia 19 de janeiro, e de barreiras de contenção. Na ocasião do acidente, as operações foram paralisadas, mas retomadas no início de fevereiro. No entanto, após a volta da produção, os trabalhadores denunciaram as más condições da plataforma. 
          Em nota, a Petrobras se disse surpreendida pelo laudo da Superintendência Regional do Trabalho do Rio de Janeiro. “No entendimento da Petrobras, nenhum dos pontos levantados pelo Sindicato e pela SRT/RJ representa risco que justifique a interrupção da operação da plataforma. Eles já faziam parte da relação de itens que serão verificados durante a parada de manutenção, que será realizada no final de fevereiro, segundo programação feita em novembro de 2010”, diz o comunicado. Apesar do posicionamento, a estatal afirmou que vai cumprir a exigência do Ministério e já iniciou os procedimentos técnicos para paralisar o funcionamento da plataforma. 
          Leia na coluna de SMS:  Plataforma da Petrobras pega fogo na Bacia de Campos.
 
 

Petrobras cria empresa para cuidar de sondas do pré-sal
          A Petrobras aprovou ontem, em reunião de diretoria, a criação de uma holding independente que responderá pelos ativos das novas sondas para a área do pré-sal, informam fontes. A nova empresa, que será chamada Sete Brasil, será formada pela Petrobras (10%) e por um Fundo de Investimentos em Participações (FIP), composto por quatro fundos de pensão e dois bancos nacionais. Segundo o presidente do fundo de previdência da Petrobras (Petros), Luiz Carlos Afonso, o FIP será de R$ 2 bilhões, sendo que a Petros deve ficar com 20% a 25% das cotas.
          Para o executivo, esse é um investimento que vai ao encontro ao perfil da fundação por oferecer rentabilidade garantida. De acordo com outra fonte, os fundos de pensão Previ, Funcef e Valia também irão participar do FIP. Aos fundos vão se juntar também participações acionárias do Santander e do Bradesco. Apesar da participação minoritária na nova companhia, a Petrobras vai indicar o presidente e o diretor de operações. Por enquanto, a Sete Brasil será criada com os ativos da primeira encomenda de sete sondas de perfuração, com capacidade para até três mil metros de profundidade. As unidades compradas serão depois alugadas à Petrobras. 
          Leia na coluna de Pré-Sal:  Petrobras planeja empresa para administrar sondas.
 
 

HACKERS INVADEM REDES DE EMPRESAS DE PETRÓLEO
          Hackers chineses invadiram os computadores de cinco multinacionais de petróleo e gás para roubar planos de licitação e outras informações críticas, segundo um relatório da empresa de segurança on-line McAfee. O estudo, que batizou o ataque de “Dragão Noturno”, não revela as cinco empresas vítimas da invasão e afirma que outras sete também foram atacadas. Os hackers entraram nos computadores utilizando os sites públicos das empresas ou através de emails infectados enviados para executivos. As companhias afetadas teriam negócios nos EUA, Taiwan, Grécia e Cazaquistão.
          Por pelo menos dois anos – e talvez por até quatro – eles tiveram acesso às redes de computadores. Focaram sua busca nos documentos financeiros relacionados a exploração de gás e petróleo e contratos de licitação, disse Dmitri Alperovitch, vice presidente de pesquisa da McAfee. A invasão foi rastreada até a China via uma empresa que aluga servidores na província de Shandong, onde o malware estava hospedado. Além disso, foram localizados endereços IP ativos em Pequim ligados à invasão. O relatório não identifica quem estava por trás do ataque, mas Alperovitvh afirma não haver evidências de que o ato seja patrocinado pelo governo chinês.
 
 

Reservas de urânio merecem tratamento similar ao pré-sal
          A 5X Petróleo dessa semana é com o Assistente da Presidência da Eletronuclear, Leonam dos Santos Guimarães. Na entrevista, ele fala sobre a importância do urânio e da energia nuclear para o Brasil. Leona, explica que, em termos de potencial energético, as reservas nacionais de urânio comprovadas equivalem a cerca de 7 bilhões de barris de petróleo. Consideradas também as reservas adicionais especulativas, essa equivalência de seria de 25 bilhões de barris.
          “As estimativas das reservas de óleo do pré-sal divulgadas pela mídia variam de 19 bilhões de barris (campos de Tupi, Iara e Parque das Baleias) até 50 bilhões de barris. Verifica-se, portanto, que as reservas de urânio brasileiras têm dimensões muito significativas. A dimensão das reservas nacionais de urânio e a provável liderança mundial do Brasil na posse desse valiosíssimo recurso mineral energético, associada ao domínio tecnológico do seu processamento, fazem-nos crer que seria do maior interesse nacional iniciar uma ampla discussão sobre sua exploração, similar àquela que hoje está em curso no País sobre as reservas de petróleo do pré-sal”, diz o assessor da Eletronuclear.
          Leia essa entrevista na íntegra na coluna 5X Petróleo  da nossa revista eletrônica.
 

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Pré-sal


Rio, meca do pré-sal
          A exploração de petróleo, principalmente da camada do pré-sal, alterou profundamente o elenco de investidores no Rio de Janeiro e deu nova magnitude aos valores a serem aportados na região nos próximos anos. Cálculos aproximados indicam que, até 2014, o estado receberá R$ 57 bilhões em investimentos de empresas interessadas em participar – de forma direta ou não – da extração do óleo. A grandeza dos números é puxada pelas bilionárias destinações da Petrobras, mas especialistas enfatizam que mais importante é a diversidade dos grupos que vêm injetando dinheiro na economia fluminense, em atividades ligadas ao petróleo.
          Estão investindo no estado, neste momento, entre outras, a francesa Technip, com R$ 700 milhões para a ampliação do Porto de Angra dos Reis e da capacidade produtiva de tubos flexíveis para exploração, e a americana General Electric (GE), que está instalando, por quase R$ 340 milhões, um centro de pesquisas avançadas na área da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). De acordo com Julio Bueno, secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Energia, Indústria e Serviços, o Rio de Janeiro é o epicentro do pré-sal, já que 60% do óleo estão localizados na costa da região. De forma indireta, já é possível ver, também, o crescimento de novas empresas, principalmente em municípios onde há exploração de petróleo. Campos e Macaé são exemplos de cidades cujo desenvolvimento econômico está associado à exploração de petróleo. 
          Leia na coluna de Pré-sal:  Exxon experimenta dificuldades do pré-sal

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Petrobras desiste da Galp


Petrobras desiste dos 33% da Eni na portuguesa Galp
          A Petrobras não chegou a um acordo sobre preço e desistiu de comprar a participação da italiana Eni na portuguesa Galp, segundo informou ontem fonte próxima às negociações. O valor pedido pelo grupo italiano desde o início era considerado obstáculo à concretização do negócio. A Eni pediu 4,7 bilhões de euros (aproximadamente R$ 10, 4 bilhões) pelos 33,3% que detém da Galp.
          A Petrobras ofereceu 3,5 bilhões de euros (R$ 8 bilhões) pelo ativo que, entre outras vantagens, ampliaria a participação da estatal no cobiçado pré-sal da bacia de Santos. A Galp é parceira da Petrobras nos bloco BM-S-11 (Lula e Cernambi), BM-S-8, BM-S-21 e BM-S-24. A estatal brasileira também planejava outras sinergias com a Galp, que poderia ser a porta de entrada para a distribuição de derivados de petróleo do País na Europa. 
          Leia na coluna de Petróleo: Petrobras estima crescimento de até 4% em 2011.



TRATAMENTO IGUAL AO PRÉ-SAL PARA RESERVAS DE URâNIO
          As reservas de urânio no Brasil têm de ser tratadas com a mesma importância que o governo dá ao pré-sal defendeu ontem o assessor da presidência da Eletronuclear, Leonam Guimarães. Segundo ele, o conteúdo energético das reservas de urânio no País são “da mesma grandeza do volume de óleo já inscrito como reserva provada pela Petrobras”.
          “Temos 309 reservas conhecidas, mais 300 mil prognosticadas e 500 mil especulativas. No cenário otimista, tudo dá 1 milhão de toneladas, da ordem do que tem na Austrália. Isso faria do Brasil a segunda maior reserva do mundo”, destacou em entrevista após participar do Congresso Latino Americano de Energia no Rio. 
          Leia na coluna de Energia Alternativa: Usina de Angra 3 vai receber financiamento do BNDES.



Preço do petróleo sobe a US$ 102,34 por Egito
          Depois de oscilar fortemente ao longo do dia, os preços do petróleo fecharam ontem em alta, com os investidores preocupados com os desdobramentos da crise política no Egito. Durante a sessão, as cotações chegaram a recuar após a divulgação de Energia dos EUA de que os estoques de gasolina saltaram para o maior patamar em 27 anos. No fim, porém, prevaleceram os temores de um contágio da crise egípcia no Oriente Médio e no Norte da África.
          O preço do barril do Brent, negociado em Londres, avançou 0,6%, para US$ 102,34. Em Nova York, a cotação do petróleo do tipo leve ficou praticamente estável, avançando 0,09%, para US$ 90,86. Os petroleiros se movimentaram normalmente ao longo do Canal de Suez, controlado pelo governo do Egito. O que preocupa os investidores é um contágio da revolta em outras nações árabes.

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011


BP ANUNCIA PREJUÍZO DE R$ 8 BILHÕES APÓS VAZAMENTO NOS EUA
          A empresa petrolífera britânica BP anunciou ontem ter tido um prejuízo de US$ 4,9 bilhões (cerca de R$ 8 bilhões) em 2010, refletindo em parte as perdas decorrentes do vazamento de petróleo no Golfo do México. Segundo a companhia, os gastos decorrentes do derramamento iniciado em abril do ano passado chegaram a US$ 40,9 bilhões (cerca de R$ 67,8 bilhões). O vazamento, considerado o maior desastre ambiental da história dos Estados Unidos, ocorreu depois da explosão de uma plataforma operada pela BP. O acidente matou 11 trabalhadores e derramou milhões de barris de petróleo no mar. O prejuízo no ano passado foi o primeiro da companhia desde 1992. Em 2009, a empresa registrou lucro de US$ 13,9 bilhões (aproximadamente R$ 23 bilhões).
          O presidente-executivo da BP, Robert Dudley, anunciou que a petrolífera irá retomar o pagamento de dividendos para os acionistas, pagando US$ 0,07 por ação. Os pagamentos haviam sido suspensos depois do vazamento. "Nós escolhemos um nível prudente (de retorno financeiro aos acionistas) que reflete o forte desempenho financeiro e operacional da companhia, mas que também reconhece a necessidade de cumprir totalmente com as nossas obrigações no Golfo do México e de manter uma flexibilidade financeira", disse o presidente da BP, Carl-Henric Svanberg. O lucro da BP no quatro trimestres de 2010 foi de US$ 4,6 bilhões (R$ 7,6 bilhões), cerca de um terço acima do que o mesmo trimestre do ano anterior.



Defasagem do preço da gasolina é de 7%
          A Petrobras anunciou ontem que não vai repassar para o custo dos combustíveis a volatilidade dos preços internacionais do petróleo devido aos conflitos políticos no Oriente Médio. O preço do barril do petróleo deverá se manter na faixa dos US$ 100 com tendência de alta nos próximos dias por causa do receio do mercado de que o Canal de Suez, controlado pelo Egito e por onde passam por dia cerca de um milhão de barris de petróleo do Golfo Pérsico para o Mediterrâneo, seja fechado devido ao conflito.
          Desde outubro de 2008, os preços do petróleo não atingiam os US$ 100 o barril. Com o início dos protestos no Egito, na semana passada, o preço do petróleo do tipo Brent já avançou 7,52% e ontem chegou a passar dos US$ 102, antes de fechar a US$ 101,74, com alta de 0,72%. Na direção contrária, o preço do petróleo do tipo leve, negociado em Nova York, caiu 1,54%, para US$ 90,77. Os operadores americanos preferiram se concentrar nos rumores de que o próximo relatório sobre os estoques de petróleo nos EUA indicarão um forte aumento.

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Petróleo acima de USD 100

CRISE POLÍTICA NO EGITO EMPURRA PREÇO DO PETRÓLEO PARA MAIS DE US$ 101
          O preço do petróleo negociado na Bolsa eletrônica ICE, referência de Londres, saltou ontem acima dos US$ 101 o barril pela primeira vez desde 2008, pressionado pelos temores do mercado de que a revolta no Egito se espalhe para o Oriente Médio ou afete as exportações de petróleo que saem pelo Canal de Suez. Operadores e analistas apontaram ainda recentes dados econômicos positivos dos EUA e o rigoroso inverno no Hemisfério Norte, reforçando as preocupações quanto a um forte aumento da demanda de petróleo.
          Em Londres, o barril do petróleo do tipo Brent para entrega em março subiu 1,6%, para US$ 101,01. Na máxima do dia, alcançou US$ 101,73, o maior patamar desde os US$ 103,29 de 29 de setembro de 2008. Desde o início do conflito no Egito, o preço do Brent saltou 6,8%. Em Nova York, o preço do petróleo do tipo leve avançou 3,19%, para US$92,19 o barril, depois de alcançar US$ 92,84 na máxima do dia. Ambas as cotações foram as maiores desde outubro de 2008.