Gabrielli descarta desabastecimento de combustível
Diário Mercantil, Economia & Finanças
O presidente da Petrobrás, José Sergio Gabrielli, descartou, em Curitiba, que possa haver desabastecimento de combustível por parte da estatal. "Pelas distribuidoras de outras bandeiras não posso falar", destacou. "As nossas cotas estão sendo entregues." No entanto, admitiu que no ano passado e agora, no mês de abril, a Petrobrás precisou importar gasolina. "Em 2010, o consumo cresceu 19% e a capacidade de produção está quase no limite", afirmou. A Petrobrás responde por 35% do mercado de 37 mil postos e 270 distribuidoras.
Gabrielli admitiu que pode estar havendo falta pontual, sobre a qual não teria condições de responder. "Mas não é a característica do momento", acrescentou. "As informações que temos é que não falta gasolina no Brasil." Sobre uma possível falta de álcool anidro, ele ressaltou que a safra de cana ainda está no início e, portanto, é cedo para fazer qualquer prognóstico. "É suficiente para atender à composição da gasolina C, mas se não for pode importar álcool anidro", ponderou. Gabrielli voltou a afirmar que o preço do litro de gasolina nas refinarias da Petrobrás está entre R$ 1,05 e R$ 1,08.
Usinas voltam a subir preço do álcool
O Globo, Economia - Ramona Ordonez
Em plena safra da cana, as usinas voltaram a reajustar, na semana passada, os preços do álcool anidro, que é misturado à gasolina. Em relação à semana anterior, a alta foi de 10,23%. O preço médio do anidro vendido pelas usinas às distribuidoras, sem impostos, foi de R$ 2,7257 o litro, contra R$ 2,4727 na semana anterior. Com isso, em duas semanas, o custo do álcool anidro já subiu 27,8%. O presidente do Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis (Sindicom), Alísio Vaz, estima que parte dos últimos aumentos de preços ainda não foram repassados para os preços da gasolina e do etanol nas bombas. A mistura da gasolina leva 25% de álcool anidro.
O diretor técnico da União da Indústria de Cana-de-Açucar (Unica), Antônio de Pádua, disse que os preços estão subindo porque a produção está sendo insuficiente para atender a demanda . Segundo Pádua, hoje cerca de 170 usinas estão moendo cana e produzindo priorirariamente álcool. Nas próximas semanas, esse número deve superar 330 usinas, normalizando a oferta do combustível no mercado.
Greenpeace protesta contra energia nuclear
NN - Redação
Na véspera do aniversário de 25 anos do acidente nuclear em Chernobyl, na antiga União Soviética, uma ‘nuvem radioativa’ cobriu a sede do BNDES, no Rio de Janeiro. A fumaça laranja que subiu aos céus no Largo da Carioca, endereço do banco no centro da cidade, foi ao mesmo tempo um alerta sobre os perigos de um acidente nuclear, potencializados com o desastre radioativo em Fukushima, no Japão, e um apelo para que o BNDES suspenda o financiamento para a construção da usina nuclear de Angra III.
Por volta das 9h30 de ontem, ativistas do Greenpeace vestidos como equipes de resgate em acidentes nucleares dispararam sinalizadores de fumaça na frente do prédio do BNDES, simulando contaminação por radiação. “Angra III não tem plano de segurança adequado e não apresenta destinação para o lixo radioativo, a exemplo das outras duas usinas em operação na região. Se a Alemanha, detentora da tecnologia dos reatores, já admitiu que não considera a tecnologia segura, por que insistimos em seguir adiante com uma obra de alto risco?”, questionou Ricardo Baitelo, responsável pela Campanha de Energia do Greenpeace.
Sem peças, Toyota paralisa produção no Brasil
O Globo, Economia - Wagner Gomes
A Toyota - que era a maior montadora do mundo desde 2008 - parou ontem a produção na sua fábrica de Indaiatuba, no interior de São Paulo, por falta de peças vindas do Japão, cuja indústria ainda se recupera dos efeitos dos terremotos e da tsunami de 11 de março. A unidade volta a funcionar normalmente hoje, mas vai parar novamente nos próximos dias 6 e 20 de maio. Ao todo, 909 veículos Corolla deixarão de ser produzidos no período. Na Argentina, haverá interrupção parcial da produção nos dias 13, 20 e 27 de maio na fábrica da Toyota em Zárate. Segundo a montadora, que classificou a parada como "temporária", deixarão de ser produzidos 450 picapes Hillux e utilitários esportivos SW4.
A montadora japonesa informou que o ajuste não afetará os 7.100 empregos em suas fábricas nos dois países sul-americanos. A construção da nova fábrica da Toyota no Brasil, em Sorocaba, também em São Paulo, assim como a ampliação da capacidade de produção de planta de Zárate., não sofrerão alterações em seus cronogramas. De acordo com a montadora, ainda não foi tomada qualquer decisão sobre a produção a partir de 31 de maio. Mundialmente, a Toyota pode cair do primeiro para o terceiro lugar no ranking de vendas, atrás da General Motors e Volkswagen, devido aos desastres naturais que castigaram o Japão em março.
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